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lOJAS RENNER
O IMPÉRIO DA
MODA NO RS
A. J. RENNER
Na localidade de Santa Catarina da Feliz, nasceu em 7 de maio de 1884, Anton Jacob Renner. Dois anos mais tarde, mudou-se para Montenegro, vila que crescera em torno do primitivo Porto dos Azevedo, também às margens do Rio Caí.
“Renner acreditava numa relação harmônica e complementar entre poder público, capital e trabalho. Sua trajetória pessoal é um testemunho de que essa utopia é possível.”
A história das Organizações Renner teve seu início em 1912, quando seu fundados, A.J. Renner resolveu recuperar uma pequena indústria têxtil quase em liquidação. A partir daí A.J. Renner dedicou seu trabalho á busca permanente de novos rumos, afastando-se sempre que possível dos caminhos trilhados por outros. Seu objetivo e sua filosofia de trabalho consistiam em oferecer ao consumidor aquilo que ele realmente necessitava, e não o que o uso tornou rotina. E foi justamente por causa dessa filosofia que o primeiro produto fabricado pela promissora indústria teve enorme aceitação popular, tornando a marca Renner conhecida em todo o Estado. Com persistência e método, A.J. Renner projetou um “abrigo” contra a chuva e o frio, mais eficiente que os ponchos da época e de custo bastante acessível: A Capa IDEAL, que durante muitos anos foi o produto de maior fabricação em sua indústria, garantindo a expansão.
A introdução da cultura do linho no Estado e a construção de usinas de beneficiamento marcam o início da verticalização de sua indústria, evidenciando, mais uma vez, a visão empresarial de A.J.Renner, avançada para a época. A partir desse momento, já não dependia mais da matéria-prima importada, oferecendo ao consumidor um artigo de altra qualidade a custo acessível.
Partiu então para a confecção de roupas, controlando desde a produção de lã bruta, até a instalação de lojas próprias e revendedores autorizados em quase todo o território brasileiro. Estava estabelecido o ciclo completo de produção: matéria-prima, lavanderia, tinturaria, fiação, tecelagem, confecção e distribuição direta ao consumidor. O passo seguinte foi diversificar seu capital, o que para os anos 30 foi um demonstração de arrojo e pioneirismo. Além da industrialização do linho, A.J. investiu no ramo de calçados, feltros, curtumes, tintas, porcelanas, artefatos de cimento e argamassa.
Nas suas empresas, A. J. Renner praticava uma avançada política de relações com os funcionários. Por iniciativa própria, ele diminuiu a jornada de trabalho para oito horas diárias e deu aos seus funcionários várias outras vantagens que as leis da época não exigiam. (PESQUISAS RENNER)Também foi pioneiro na instituição de serviços para atender a seus funcionários e seus familiares: cooperativa de crédito, cooperativa de consumo, creche e atendimento à saúde.
Participou como capitalista na fundação de outras empresas,tais como as Tintas Renner, com 30%, junto a sua irmã Olga e seus sobrinhos. E com outros sócios em outras empresas, surgindo assim um verdadeiro império industrial e comercial. Financiou durante muitos anos o programa informativo Repórter Renner na Rádio Guaíba de Porto Alegre e o Futebol Clube Renner. Foi também fundador do primeiro Rotary Clube em Porto Alegre , do Clube Leopoldina Juvenil e do Country Club,onde praticava golfe todas as semanas.
A. J. Renner fundou o Centro da Indústria Fabril do Rio Grande do Sul, em 1930, dando início ao que se constitui o Sistema FIERGS, e foi um dos criadores, em 1938, da Confederação Nacional da Indústria. Liderança e vanguardismo foram qualidades que o acompanharam por toda a vida. A. J. Renner foi o precursor das relações humanas no trabalho e da promoção social do trabalhador. Suas empresas anteciparam-se em muitos anos às políticas de assistência médica e previdenciária aos empregados. Quando pouco se falava em assistência médica e previdenciária, em crescimento econômico sustentado e em participação do trabalhador nos lucros, o industrial gaúcho assumiu essas bandeiras, Colocou-as em prática e assim passou à história do desenvolvimento brasileiro. Ao tratar com o ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, Lindolfo Collor, de assuntos como jornada de trabalho, salário mínimo, trabalho feminino, trabalho infantil, férias e sindicalização, A. J. Renner inaugurou, em 1931, a interlocução dos empresários gaúchos com o Governo Federal.
CONTRIBUIÇÕES TRABALHISTA - DÉCADA DE 30
• Defendia o salário mínimo
• Implementação do sistema de três turnos com jornada de oito horas
• Assistência previdenciária
• Criou a política de bonificação
• Serviu de porta de entrada das mulheres no mercado de trabalho
EMPREENDEDOR
• Curtume
• Fábrica de calçados
• Indústria de Tintas
• Fábrica de máquinas de costura
• Porcelanas Renner
• Artefatos de cimento Renner

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